quarta-feira, 27 de novembro de 2024

QUEIMADAS NÃO PARAM


Pensar que as queimadas acabaram é mera suposição porque, ainda que minimizadas, as queimadas não cessaram em diversos estados do Brasil. Na extensão continental do Brasil, vale a pena lembrar que o Brasil possui diversos biomas em diferentes regiões, o controle de queimadas ainda não se tornou tão efetivo quanto necessário. 

O governo federal liberou, através da Medida Provisória 1.258/2024 , cerca de 514 milhões de reais para o combate aos incêndios florestais na Amazônia. Deste valor, 1/3  foi destinado às Forças Nacionais e às Forças Armadas para que possam gerir toda a logística do combate às queimadas. Porém, a divisão dessa verba não comporta o grande volume de queimadas que ainda estão acontecendo.  

A triste estatística demonstra que o Brasil queimou cerca de 22,38 milhões de hectares nos seis primeiros meses do ano, superando, inclusive, a quantidade de queimadas da Europa. Por ser um dos países que possui uma das maiores biodiversidades do mundo, o Brasil ainda não consegue ter o controle total das áreas ambientais de seu território, o que o impede de combater todos os focos de queimadas e desmatamentos.

Há que se investir mais em conscientização ambiental e projetos que venham a    mitigar essas questões com nossos biomas, priorizando estudos e ações que fortaleçam um conjunto de medidas para combater o fogo, sem que  haja tanta demora no controle. 
 

O INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgou no início deste mês a quantidade de queimadas que ainda assolam o país. São cerca de 1.746 só nos primeiros dias de novembro.  A Amazônia concentra cerca de 80% dessas queimadas em seu território, e sofre muito com as queimadas ocasionadas por baixa umidade, desmatamento, tempo seco e quente, e muitos outros aspectos não só naturais como por ações humanas. 

As queimadas no Brasil não se restringem apenas à Amazônia. Desta vez, o território brasileiro teve um impacto alarmante de norte a sul do Brasil, resultado da destruição de grandes extensões de mata nativa e biomas diversos. 

É importante salientar que o Pantanal e a Amazônia são biomas importantíssimos da biodiversidade brasileira e precisam receber tratamento devido para se manterem vivos. Qualquer ação negativa provocada por condições climáticas ou por ação humana deve ser devidamente mitigada para continuarmos a usufruir dessas riquezas ambientais.



domingo, 6 de novembro de 2022

Energia Eólica - Gestão do Uso de Áreas Offshore

 


Portaria interministerial define diretrizes para geração de energia eólica no mar.

Uma das modalidades de geração de energia  limpa acaba de ter suas diretrizes definidas para a geração de energia eólica offshore. O Ministério do Meio Ambiente e Ministério das Minas e Energia, através da Portaria Interministerial nº 3, definiu regras para a criação de um Portal Único de Gestão do Uso de Áreas Offshore.

A energia eólica é produzida através da força dos ventos. Força energética inesgotável, os ventos, principalmente no nordeste, são mais constantes e têm velocidade estável sem alterar com frequência sua direção. No mar, os ventos não têm barreiras, alcançando uma velocidade maior e mais constante. A possibilidade de utilização dessas características em uma modalidade de  produção de energia mais limpa, com velocidades de ventos mais altas no mar do que na terra, ganhou um enorme avanço regulatório. A Portaria que define regras pra este tipo de modalidade de geração de energia, contribui para o estabelecimento de um marco legal adequado e seguro para  energia elétrica offshore no Brasil, onde um balcão único acompanhará o uso do bem público e da evolução dos projetos pela sociedade, investidores  e interessados em desenvolver empreendimentos eólicos offshore no Brasil.  

O potencial de produção de energia offshore é de 700 GW, o que corresponde a 50 hidrelétricas de Itaipu.

O IBAMA  e outras instituições deverão adequar procedimentos e normativos às diretrizes determinadas  no Decreto nº 10.946 de 2022, que dispõe sobre a cessão de espaço no mar territorial para a geração de energia eólica offshore.

terça-feira, 5 de julho de 2022

Livro “Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial – Plantas para o Futuro – Região Norte”,  foi lançado pelo Ministério do Meio Ambiente em sua quarta publicação da série Biodiversidade.

Foram apresentadas no livro mais de 150 espécies nativas, todas da Região Norte, que agregam em si valor econômico atual ou com potencial , que podem ser utilizadas de forma sustentável na produção de alimentos, medicamentos, condimentos, corantes, aromas, remédios, fibras e outros. 

Em versão digital, o livro está disponível gratuitamente no site do Ministério do Meio Ambiente, mais um lançamento da série Biodiversidade que vem sendo construído desde 2004. Um esforço conjunto de mais de 147 renomados especialistas de universidades, ONGs do Brasil e exterior, e instituições de pesquisa. 

"É a ciência trazendo conhecimento da biodiversidade brasileira. O Brasil é um país super biodiverso, mas pouco conhecido, e esse livro vem mostrar a quantidade de oportunidades econômicas. Você olha aqui plantas que pouca gente conhece, mas é utilizada na região. A região utiliza de forma correta, mas o Brasil ainda não, e nem a indústria", ressaltou o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.

Alguns dos resultados práticos esperados com o lançamento do livro são a difusão e ampliação do uso sustentável de espécies amazônicas na gastronomia regional e nacional; o incremento do interesse em pesquisas, o desenvolvimento e a inovação, inclusive por meio de programas de melhoramento genético vegetal voltados à obtenção de cultivos de frutas da Amazônia em plantios comerciais. 

quarta-feira, 6 de março de 2019

Economia Circular na Moda

Mais um passo importante foi dado em direção à sustentabilidade de nosso planeta e à contenção de resíduos. A indústria da moda já começa a dar sinais de que também pode manter uma logística de reaproveitamento de resíduos e reciclagem dos produtos consumidos por seus clientes.

O conceito de Economia Circular serviu de pilar para a criação e desenvolvimento do conceito da Moda Circular, uma  visão dinâmica e estratégica que vem ganhando adeptos de vários setores mercadológicos. Na Economia Circular o intuito é fazer com que os resíduos descartados diariamente pela população possam ser utilizados como insumos para a produção de novos produtos de forma contínua e cíclica, evitando assim o acúmulo de resíduos no ecossistema. 

A moda circular pode ser definida como roupas, sapatos ou acessórios que são projetados, produzidos e fornecidos com a intenção de serem utilizados de forma responsável e eficaz na sociedade tendo maior tempo possível de vida útil e que, em seguida, retornam com segurança para a biosfera quando já não passíveis de uso humano. (Dr. Anna Brismar, 2017, circularfashion.com).

Os produtos da Moda Circular devem ser projetados com longevidade, reciclabilidade, biodegradabilidade, não toxicidade, bem como práticas seguras e éticas. Assim como a Economia Circular, a Moda Circular também depende de todos os envolvidos no ciclo de vida do produto. 

A mais recente conquista para a sustentabilidade do planeta veio da C&A, que aderiu ao conceito da Moda Circular e lançou seu programa de coleta "We take it back"Os consumidores entregam nas lojas da C&A vestuários e calçados que já não utilizam mais, e a empresa dá uma nova vida às peças através de reciclagem e reutilização. O programa ainda não está sendo aplicado no Brasil, no momento está sendo implementado em Portugal e Espanha, que receberão essa nova metodologia de sustentabilidade. A C&A vai colocar caixas de coleta nas suas 32 lojas em Portugal e nas 84 na Espanha. Mas, o projeto de Moda Circular já está sendo programado para outras lojas ao redor do mundo. A transição do modelo de gestão levará um tempo para que tudo fique de acordo com os objetivos do sistema de moda circular.


O sucesso na conquista do mercado não depende somente da atuação da empresa e do uso eficiente de suas vantagens competitivas, mas também, de sua interação com as necessidades ambientais do planeta e seus consumidores, cada vez mais esclarecidos quanto  ao dever das empresas em criar programas que contribuam com a preservação do meio ambiente. As empresas que não se adequarem às exigências de seus consumidores e às necessidades de preservação ambiental correrão o risco de perder mercado.

Alguns clientes da Bélgica, Holanda, Alemanha e Holanda já participam do descarte de suas roupas e calçados nas lojas C&A. De acordo com informações da empresa, cerca de 60% dos produtos recolhidos são reutilizados como produtos de segunda mão. O processo de separação dos artigos recolhidos identifica a necessidade de cada peça dentro do processo de reutilização e reciclagem. Todo o material é distribuído entre cadeias produtivas que vão dar um novo ciclo de vida ao produto. Os acessórios de metais, como botões e fechos, por exemplo, são enviados à indústria metalúrgica.  Como se vê, tudo é reciclado ou reutilizado, evitando o descarte prematuro e o impacto ambiental negativo.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Barragem da Vale se Rompe em Brumadinho


Brumadinho, município de Minas Gerais localizado na região metropolitana de Belo Horizonte, foi vítima de mais um desastre ambiental hoje (25). A Vale do Rio Doce, empresa responsável pela barragem, ainda não divulgou informações sobre o número de vítimas do acidente. A nota divulgada pela empresa indica que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade Vila Ferteco. A barragem rompida é a da Mina Córrego do Feijão, no Complexo Paraopeba. 

O desastre destruiu diversas casas e carros, mas ainda não se sabe o número de vítimas atingidas pelo acidente. A equipe de emergência do IBAMA já está atuando no local.

As causas do rompimento ainda não foram divulgadas. "A prioridade total da Vale, neste momento, é preservar e proteger a vida de empregados e integrantes da comunidade", disse em nota a Mineradora.



QUEIMADAS NÃO PARAM

Pensar que as queimadas acabaram é mera suposição porque, ainda que minimizadas, as queimadas não cessaram em diversos estados do Brasil.  N...