domingo, 4 de março de 2018

Dessalinização da água leva qualidade de vida ao semiárido brasileiro


O Ministério do Meio ambiente em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil coordena o Programa Água Doce (PAD), que tem por finalidade levar água de qualidade para o consumo humano às comunidades do semiárido brasileiro. O semiárido é uma região que ocupa cerca de um quinto do território nacional e abrange 1.262 municípios brasileiros. Como é natural nas regiões semiáridas, o volume de chuva é menor do que em outras regiões, o que provoca um grande desafio para as famílias que vivem da agricultura e da criação de animais. A escassez da chuva justifica o quadro histórico de vulnerabilidade e pobreza na região.


O Ministério do Meio Ambiente destinou cerca de R$ 258 milhões para implantação e gestão de 1,2 mil sistemas de dessalinização até 2018, beneficiando 500 mil pessoas. O programa incorpora cuidados técnicos, ambientais e sociais na implantação, recuperação e gestão. Até o momento, o programa estruturou 508 sistemas de dessalinização em todo o país, melhorando a vida de 200 mil pessoas de áreas rurais de Alagoas, Ceará, Paraíba, Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Junto com o fornecimento de água, o programa estimula atividades produtivas que geram renda para as comunidades.

A Bahia é o estado em que o PAD está mais avançado. Na primeira fase foram implantados 145 sistemas de dessalinização em 25 municípios, beneficiando cerca de 58 mil pessoas. A segunda fase, que está iniciando agora, prevê a instalação de 150 novos sistemas em 49 cidades do interior, contemplando mais 60 mil pessoas.

A coordenação do programa realizou oficina para capacitar as empresas contratadas para implantar o sistema e assegurar a qualidade necessária para as obras, garantindo água de qualidade para consumo das famílias beneficiadas.

O repasse dos recursos que possibilitou a  execução do PAD na Bahia foi feito através de convênio entre o Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria do Meio Ambiente (Sema). A previsão de investimento é de de R$ 61 milhões, sendo que 90% desses recursos são de responsabilidade do ministério e já foram repassados ao governo da Bahia.

O sistema integrado de reuso dos efluentes da dessalinização, além de produzir água potável, reaproveita o concentrado enriquecido em sal, proveniente da dessalinização.  Esse concentrado é utilizado para a criação de tilápias e cultivo de uma planta conhecida como erva-sal, utilizada na alimentação de caprinos e ovinos. A água será retirada de um aquífero por meio de um poço profundo, enviada a um dessalinizador e armazenada em um reservatório para distribuição. 


Representação esquemática do sistema de dessalinização adotado pelo programa, segundo o Jornal GGN

QUEIMADAS NÃO PARAM

Pensar que as queimadas acabaram é mera suposição porque, ainda que minimizadas, as queimadas não cessaram em diversos estados do Brasil.  N...