O consumo desenfreado e o aumento populacional, somados à grande poluição que a industrialização trouxe para a urbanização das cidades, contribuem com a escassez de água e faz do brasileiro um refém da própria natureza.
A escassez é um problema cujo impacto tende a se agravar cada vez mais, caso o manejo dos recursos hídricos não seja revisto no Brasil.
A pecuária contribui de maneira decisiva, uma vez que de acordo com relatório publicado em 2003 pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), para se produzir 1 kg de carne são consumidos cerca de 15.000 litros de água, enquanto que para produzir a mesma quantidade de grãos são necessários 1.300 litros de água.
Nada é mais importante nos dias de hoje do que a água. Dela depende a sobrevivência de toda a cadeia da vida. A atual escassez de água potável que afetou nestes últimos meses boa parte do Sudeste brasileiro, onde estão situadas as grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, nos obriga a repensar a questão da água e a desenvolver cultura de cuidado, como por exemplo: a redução do consumo, a reutilização de águas para setores de lavagem, onde não hajam utensílios utilizados para acondicionamento de alimentação, além de outras atitudes que favoreçam o equilíbrio e a manutenção dos recursos hídricos.
O que também preocupa à população brasileira é a falta de energia elétrica, pois a nossa principal matriz energética é proveniente de recursos hídricos. As usinas hidrelétricas são responsáveis pela geração de mais de 75% da eletricidade do país. O Brasil possui mais de mil usinas hidrelétricas espalhadas pelo território nacional. A opção brasileira pelo modelo hidrelétrico se deve à existência de grandes rios de planalto, que são alimentados por chuvas tropicais abundantes e constituem uma das maiores reservas de água doce do mundo.
Outra grande preocupação é o risco de racionamento que as indústrias e toda a população podem enfrentar para tentar minimizar o problema da escassez. Algumas indústrias investiram em novas tecnologias para reduzir ou reaproveitar a água que é principal elemento em suas produções.
A falta de chuvas, o crescimento populacional, as indústrias e a gestão governamental são elementos importantíssimos para dirimir a grave crise que nos espera.
Para se manter o volume de água doce limpa capaz de garantir o consumo e a geração de energia são necessários esforços de todos os setores da sociedade, cada um fazendo a sua parte.
JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!