terça-feira, 17 de outubro de 2017

Exclusão Social, Crime Contra o Direito de Existir





A exclusão social causa o afastamento de indivíduos ou grupos sociais de diversos setores da estrutura da sociedade. É um processo pelo qual algumas pessoas são discriminadas por causa de sua condição social, cultural, econômica, étnica,  religiosa ou até mesmo ideológica, deixando de obter benefícios que gerem para si qualidade de vida. 

Muitas são as vertentes que geram a exclusão social, mas a pobreza é a pior de todas. Em 2016 a parcela de brasileiros abaixo da linha de pobreza aumentou pelo segundo ano consecutivo e em 2017 piorou, chegando a 13,7% no final de março. Com a crise econômica veio a redução de empregos que  afetou a renda do brasileiro e aumentou a pobreza. A renda do trabalhador é fator determinante para a entrada e saída dessas estatísticas. 

O caos gerado pela má conduta de políticos e gestores públicos possibilitou o aumento da exclusão social através da vertente econômica que, segundo a divulgação do  BIRD - Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento, fará do Brasil um país com 3,6 milhões de "novos pobres" até o final de 2017. Esse aumento será principalmente em áreas rurais, onde essas taxas já são mais elevadas.

O Brasil é apontado como o 10º país mais desigual do mundo, segundo dados divulgados no Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), elaborado pelas Nações Unidas. O relatório se baseia na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que trata de compromissos assumidos pelos Estados-membros da ONU (Organização das Nações Unidas), que traçaram 17 objetivos a serem perseguidos pelos países, incluindo a erradicação da pobreza. 

Um país continental como o Brasil, com sua extensão territorial invejável e as riquezas  minerais que produz, jamais deveria  deixar que seu povo vivesse em extrema pobreza. Mas, o que vemos na nossa diversidade social não representa os valores de nossas riquezas. Nossa população de exclusos é representada em sua maioria por jovens com pouca escolaridade, negros, idosos e moradores das áreas rurais das regiões Norte e Nordeste. A falta  de acesso a serviços básicos - esgoto, água, coleta de lixo e energia elétrica - foi o que mais afetou a população mais pobre, deixando a mercê do excluso o seu próprio destino. 

Alguns modelos de intervenção pública em situações de pobreza tentam superar um dos maiores desafios para a modernização de países menos avançados. Uma das estratégias está na capacitação profissional e geração de renda, que estimulam o indivíduo a manter-se através de seus próprios esforços e competência. 

O Brasil aponta para o futuro, preparando-se para novos modelos mundiais de desenvolvimento, mas a má distribuição de renda não legitima a cidadania de seu povo, que requer igualdade em todos os setores da sociedade. Portanto, fazer do Brasil uma grande nação sem antes elaborar com eficácia políticas públicas que recuperem o espaço da inclusão, fere a nossa constituição em seu artigo 6° que assegura: "São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição."

Espera-se que algum dia possamos ver todos os direitos dos brasileiros sendo respeitados e as riquezas de nosso país sendo aplicadas nas necessidades de seu povo, erradicando de nosso meio a pobreza e os aspectos que a envolve.


“O excluído não é apenas aquele que se encontra em situação de carência material, mas aquele que não é reconhecido como sujeito, que é estigmatizado, considerado nefasto ou perigoso à sociedade” (Nascimento, 1994). 

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